Projeto cria ambiente para professores vivenciarem a aprendizagem criativa

Com a proposta de criar ambientes em que educadores vivenciam atividades estimulantes e experimentam metodologias que favorecem a aprendizagem criativa, o projeto “Façamos Nós Mesmos” oferece apoio para o planejamento de práticas e promove a certificação de professores. Abaixo, as fellows Soraya Lacerda e Daniela Lyra, de Brasília (DF), contam mais sobre a iniciativa:

“Iniciamos o projeto com uma pergunta norteadora: como planejar, acompanhar e compartilhar atividades que estimulam curiosidade, discussão e exploração? No “Façamos Nós Mesmos”, buscamos criar ambientes nos quais educadores vivenciam atividades e experimentam metodologias que favorecem a aprendizagem criativa. A ideia inicial sempre foi dar suporte aos educadores que desejam planejar suas próprias atividades, bem como disponibilizar projetos maker, organizados por série escolar do ensino fundamental, em uma plataforma gratuita que ajude a transformar bibliotecas escolares em espaços de aprendizagem.

Inicialmente, atenderíamos 40 professores da rede pública do Distrito Federal em oficinas presenciais e consultoria online, conforme as seguintes fases: 1) sensibilização, com oficinas presenciais para educadores engajados em escolas públicas. Ao fim dessa fase, cada educador desenvolve um plano de implantação de um projeto ou aula maker na sua comunidade escolar; 2) ativação, que inclui a participação no Maker Day Brasil segunda edição para conectar escolas públicas e ecossistemas maker pelo país; 3) compartilhamento, com foco na disponibilização de um portal com recursos maker compartilhados pelos facilitadores e expositores.

Com o projeto, queremos compartilhar com esses educadores algumas das metodologias e design instrucional que usamos nas oficinas para capacitá-los a criarem atividades que estimulem no aluno a sensibilidade pelo design de sistemas e objetos, e a inclinação para serem agentes de seu aprendizado e também de mudança em seu contexto.

Quando viajamos aos Estados Unidos para conhecer o MIT (Massachusetts Institute of Technology), como atividade do Desafio Aprendizagem Criativa Brasil 2019, começamos a ter novas ideias e percepções para nosso projeto. As experiências nos permitiram ser expostas o momentos inspiradores. Isso nos permitiu acreditar no processo iterativo como principal pilar para o desenvolvimento das propostas, além de refletir e redesenhar as experiências com nítida intencionalidade e consistência com os princípios da aprendizagem criativa.

O que mais chamou a nossa atenção durante a viagem foram as visitas ao FabLab #1 e à escola Acera. Essas iniciativas nos tocaram por mostrarem como ideias simples podem funcionar de forma sistêmica e estruturada. As discussões e interações com os atores das iniciativas também foram importantes para abrir horizontes para ajustes ao nosso projeto. Sem falar na mostra interativa, com uma audiência genuinamente interessada nos projetos. Foi incrível ouvir os feedbacks, com colocações e comentários pertinentes.

Mudamos o formato da atuação do nosso projeto com o desenho das certificações. Ministramos duas sequências de formações com professores – a Certificação de Educador Maker e o STEAM Criativo para Educadores. O nosso intuito não foi fazer um estudo comparativo entre elas, mas sim entender na prática o que consideramos ideal dentro das nossas possibilidades.

Os professores alunos estão entregando os planos e projetos. Agora estamos lendo para dar feedback e começar a parte de mentoria e iteração dos programas. A sensação é que os professores estão muito engajados, e mesmo aqueles que já usam conceitos da Aprendizagem Criativa se beneficiam do ecossistema. Nos sentimos certas dos princípios fundamentais do projeto.

Agora, nossos próximos passos são: finalizar os feedbacks e mentoria para os professores que fizeram as formações (o STEM Criativo da SEEDF entra na fase da mentoria agora em agosto); compartilhar as narrativas mais poderosas no site do makerspace e se possível no site da Rede de Aprendizagem Criativa; comparar as duas certificações – iterar, testar e validar a melhor metodologia; articular com a Embaixada, os Espaços Americanos e/ou outras instituições que serão nossas parceiras para levar a formação para outras cidades; trazer multiplicadores das instituições escolhidas para uma imersão no makerspace; articular com os MakerEDs – alunos da Certificação de Educador Maker; e desenhar estratégias para os multiplicadores levarem o modelo da imersão para suas cidades e retroalimentarem os sites vinculados a esse projeto com mais narrativas.

Fonte: Por Vir

Arte na Rua de agosto fecha com muita música e teatro infantil

Haverá programações durante a semana

Dando continuidade à programação do mês de agosto, as apresentações do projeto Arte na Rua seguem cheias de música e arte cênicas. No dia 25 de agosto, domingo, acontecem dois eventos: o infantil “Festival da Canção na Floresta”, no Horto do Fonseca, às 11h, e no mesmo horário, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, a apresentação da banda Dona Velha.

Além do domingo, a programação continua durante a semana. Dia 27, terça-feira, às 19h, a Praça Zumbi dos Palmares recebe a apresentação do grupo Abuferados e na quarta, 28, também às 19h, a banda Garagem Elevada se apresenta no Trevo de Piratininga.

Iniciativa da Secretaria Municipal de Cultural e da Fundação de Arte de Niterói (FAN), o Arte na Rua é composto por uma série de eventos gratuitos, das mais diversas linguagens artísticas, escolhidos através de Editais Públicos, que percorrem praças, ruas e equipamentos culturais de toda a cidade, levando os artistas para próximo do seu público.

Sobre as atrações: 

Festival da Canção na Floresta

A história acompanha a Floresta Encantada, onde o rei Leon V está muito triste e preocupado com o desmatamento e a matança dos animais. Entretanto, o rei decide realizar um Festival da Canção, chamando o Maestro Grilado Mutchaeviski para coordená-lo. O Grilo, o Papagaio Surfista, a Onça Cantora, a Formiga Doméstica e o Tigre Professor tornam-se os grandes finalistas do festival e todos eles percebem, no final da competição, que o amor ao próximo vale mais do que a vitória.
Inspirado em um conto do escrito La Fontaine, com cantigas de roda que fazem o Festival ainda mais divertido, nessa adaptação, as crianças participam da escolha do bicho vencedor.

Dona Velha

Formada por André Cavalleiro (vocais); Marcelo Junqueira (guitarra/violão/vocal); Mairon Alonso (guitarra/violão/vocal); Ricardo Orlandini (baixo); e Bruno Sávio (bateria/tajon/cajon), a banda foi formada em 2011 para um evento. Por conta da aceitação do público, os integrantes decidiram manter o projeto e hoje, já contam sete anos de estrada.
O repertório conta principalmente com hits dos aos 60 até a atualidade, focando nos sucessos do Pop Rock Nacional e Internacional. Além disso, a banda é famosa por oferecer dois tipos de show: o formato elétrico, com guitarras, baixo e bateria, ou o formato acústico, que substitui as guitarras por violões e tajon.

Abufelados:

Formada por Thati Hércules (voz); Diogo Spadaro (guitarra/voz/sintetizador); e Cau Barros (percussão/voz), a banda surgiu em 2017, com um som que mescla ritmos, como o maculelê, o funk, o rock’n roll, o jongo e o ijexá.
O repertório é, em sua maioria autoral, e mostra traços das principais influências dos integrantes: artistas como Jimi Hendrix, Jards Macalé, Anelis Assumpção e Chico César. As temáticas da banda falam desde o cotidiano e críticas sociais à evocação das raízes afro-brasileiras. O nome do conjunto surgiu do verbo “Abufelar”, que significa “fazer respirar ou respirar fortemente, ger; Acelerado, por razões emocionais ou causas físicas”. O primeiro EP da banda foi lançado em 2018.

Garagem Elevada:

Clássica banda de rock, a Gargem Elevada é formada por Paulo Paes (voz); Mario Boechat (voz/violão); Diogo Bortoluzzi (voz/guitarra); Alessandro Cardoso (violão); Mark Murilo (bateria); e Samir Aranha (baixo). Tocando o melhor do rock nacional e internacional, do clássico ao mais atual, o repertório do conjunto vai de Pearl Jam, The Police, Oasis e Red Hot Chilli Peppers à Legião Urbana, Raul Seixas, Mutantes e Cássia Eller.

SERVIÇO:

Festival da Canção na Floresta – infantil
Data: 25 de agosto, domingo
Hora: 11h
Entrada: Gratuita
Local: Horto do Fonseca
Endereço: Alameda São Boaventura, 770 – Fonseca, Niterói

Dona Velha

Data: 25 de agosto, domingo
Hora: 11h
Entrada: Gratuita
Local: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno
Endereço: Campo de São Bento – Icaraí, Niterói

Fonte: O São Gonçalo

Programa Luz Solidária Enel oferece eletrodomésticos pela metade do preço

Programa permite a troca de eletrodomésticos usados por modelos que consomem menos energia, além de contribuir com projetos sociais. Ao todo, serão R$ 3 milhões em descontos para os clientes do Ceará.

A Enel Distribuição Ceará inicia a partir desta segunda-feira, (19), o décimo ciclo do programa Luz Solidária Enel, que estimula o uso de eletrodomésticos eficientes e que consomem menos energia. A iniciativa permite aos clientes da empresa a troca de equipamentos antigos por modelos novos e mais eficientes (geladeira e ar condicionado) com 50% de desconto.

Cerca de R$ 3 milhões em descontos serão disponibilizados por meio do programa no estado. Os produtos com desconto poderão ser adquiridos nas lojas credenciadas das redes Macavi ou Liliane até que o projeto atinja o valor total de bônus disponível. O Luz Solidária Enel também está sendo desenvolvido pela empresa nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Além de estimular a cultura do consumo consciente e da preservação ambiental, por meio da troca de eletrodomésticos usados por equipamentos novos e econômicos, o Luz Solidária viabiliza projetos sociais voltados para a geração de renda, capacitação, meio ambiente e direitos humanos, na medida em que proporciona aos clientes a oportunidade de contribuir com um projeto social.

No ato da compra, o cliente escolhe uma instituição apoiada pela empresa para beneficiar, concedendo 5% do valor do produto à entidade escolhida. No Ceará, as instituições selecionadas receberão, juntas, cerca de R$ 300 mil em doações.

Dessa forma, ao participar do Luz Solidária Enel, o cliente pagará 45% do valor total ao varejista e 5% a um projeto social, por meio da doação à instituição escolhida por ele. O restante do valor do produto será pago pela Enel. Para se ter uma ideia, se o eletrodoméstico custar mil reais, o cliente pagará apenas 450 reais pelo produto e 50 reais pela doação, ou seja, um total de 500 reais (metade do valor original do produto).

Como participar:

Para participar do programa, basta se dirigir a uma das lojas Macavi ou Liliani credenciadas, escolher um eletrodoméstico selecionados, com selo Procel, fazer a doação para um dos projetos sociais e solicitar o desconto. Ao assinar o contrato de adesão, o cliente concorda com as seguintes premissas/condições:

  • Ser cliente residencial adimplente e com fornecimento regular de energia;
  • possuir equipamento ineficiente para troca, compatível com o novo;
  • fazer a doação para, no mínimo, uma das entidades ofertadas;
  • permitir a visita de técnico da distribuidora, se for escolhido, para a medição do aparelho velho.

Os clientes que adquirirem equipamentos novos e eficientes deverão entregar o equipamento antigo, que será totalmente reciclado. Ao adquirir, o cliente passa a integrar uma parcela da sociedade que usa energia elétrica de maneira eficiente, pois todos os equipamentos têm a garantia de baixo consumo de energia elétrica dada pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – Procel.

Além disso, ao entregar o equipamento usado, o cliente também tem a garantia da destinação correta do resíduo gerado a partir do seu descarte sustentável. Isso evita a contaminação do meio ambiente com gases, plásticos e outros resíduos gerados. As lojas receberão os equipamentos antigos no momento da entrega do novo equipamento, na residência do cliente.

Desde a sua criação, em dezembro de 2009, o programa Luz Solidária Enel já trocou mais de 76 mil eletrodomésticos, concedeu aproximadamente 62 milhões de bônus aos clientes residenciais e cerca R$ 9,4 milhões em doações a 276 projetos no Ceará, em Goiás e no Rio de Janeiro.

Eletrodomésticos que fazem parte do Luz Solidária Enel: geladeira e ar condicionado

Fonte: Diário do Nordeste

Comissão de Cultura aprova criação de mais bibliotecas públicas

Proposta segue para análise de outras duas comissões da Câmara: a de Finanças e Tributação; e a de Constituição e Justiça e de Cidadania

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 11157/18, que aprimora a Política Nacional do Livro (Lei 10.753/03) para estimular a criação, a manutenção e a atualização de bibliotecas públicas e escolares no País.

A lei atual prevê que União, estados e municípios consignem em seus orçamentos verbas às bibliotecas para sua manutenção e aquisição de livros. A proposta aprovada, do deputado Diego Garcia (Pode-PR), detalha que as verbas serão destinadas às bibliotecas públicas sob responsabilidade do respectivo ente, inclusive àquelas das escolas públicas de sua rede.

Pelo Censo Escolar de 2016, apenas 37% das escolas brasileiras tinham biblioteca

O projeto modifica também a Lei Rouanet (8.313/91) para oferecer incentivos fiscais não só à doação de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas e para o treinamento de pessoal e a aquisição de equipamentos para a manutenção desses acervos, mas também ao financiamento de construção, manutenção e ampliação predial de bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas, desde que abertos ao público.

Além disso, o texto propõe a inclusão das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de bibliotecas públicas no Regime Diferenciado de Contratações Públicas, instituído pela Lei 12.462/11.

Baixa proporção por habitante

O parecer do relator, deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ), foi favorável à proposta. “Apesar de o número absoluto de bibliotecas existentes no País parecer significativo, a média nacional é de apenas uma biblioteca púbica para cada 30 mil habitantes”, ressaltou.

O parlamentar cita dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os quais a proporção de cidades com bibliotecas subiu de 76,3% para 97,1% entre 1999 e 2014.  Conforme levantamento realizado em 2015 pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, também citado pelo deputado, existem 6.057 bibliotecas públicas em funcionamento no País.

Já o deputado Diego Garcia lembra que, apesar de a Lei 12.244/10 prever a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino brasileiras até 2020, em 2016 apenas 37% das escolas de educação básica, públicas e privadas, possuíam biblioteca, de acordo com o Censo Escolar.

Tramitação

A proposta será analisada ainda em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Câmara dos Deputados


Instituições recebem primeira sopa do Programa Mais Nutrição

Desde a inauguração do programa, no dia 25 de junho deste ano, foram entregues cerca de 50 toneladas de frutas, verduras e legumes. Conforme o Governo do Estado, 4.323 jovens já foram beneficiados pelas doações

Desde a inauguração do programa Mais Nutrição, em junho deste ano, já foram entregues cerca de 50 toneladas de alimentos “in natura”, como frutas e verduras, para instituições que atendem crianças e adolescentes em Fortaleza, Maracanaú e Caucaia. O mix é preparado com legumes doados por permissionários da Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa-CE), em Maracanaú, onde foi construída a fábrica de sopas.

De acordo com a idealizadora do programa e primeira-dama do Estado, Onélia Santana, 4.323 jovens já foram beneficiados pelas doações realizadas. “O foco é combater a fome, garantir a segurança alimentar das crianças e acabar com o desperdício. Nossa meta é atingir a marca de 16 mil beneficiados”, ressalta. Diariamente, duas toneladas são doadas pelos permissionários para o programa.

Um dos 30 projetos sociais beneficiados pelo Mais Nutrição é o Alvorecer, em Maracanaú. Ontem, uma sopa nutritiva foi servida como almoço para crianças e adolescentes. O cardápio recebeu os primeiros pacotes do mix de legumes para a produção da alimentação.

Os alimentos são desidratados e mantêm seu teor nutricional. “Nós já usamos o mix da sopa em todos os ingredientes do almoço. O arroz, o feijão, o macarrão e a salada, todos levaram os legumes desidratados. Quando eles experimentaram, a aceitação foi muito satisfatória e surpreendente. As crianças amaram, foi espetacular”, relata Cherlandia Teixeira, diretora do Projeto Alvorecer.

Ela reforça a importância da ação, avaliando que o cadastro no programa irá ajudar a combater a desnutrição, que é comum entre os jovens atendidos pela entidade.

Já no bairro Pici, em Fortaleza, o Instituto Parque Universitário também recebeu o mix de legumes, que já foi aproveitado no preparo das refeições das 388 crianças e 629 adolescentes atendidos. Depois de poucas colheradas, logo vieram as perguntas: “vai poder ter sopa todo dia?”.

“O que o programa trouxe de melhor foi saber que as crianças agora têm uma alimentação garantida, o que as incentiva a participarem. Isso é uma complementação do projeto, que faz com que a criança seja melhor atendida. E todos ficaram superfelizes”, comemora Thiago Alves, coordenador técnico do projeto.

Nutrição

A iniciativa faz parte do Programa Mais Infância Ceará, e as instituições que têm interesse, mas não puderam se cadastrar através do primeiro edital, ainda podem aguardar por uma nova oportunidade.

“A Secretaria de Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) tem um departamento do Mais Nutrição. Os representantes das entidades podem ir até lá, se inscrever e fazer uma entrevista. Depois, uma equipe do departamento vai até a sede fazer uma visita. Aí ela se torna apta para o cadastro”, diz Onélia Santana. Um novo edital deverá ser lançado este ano.

Fonte: Diário do Nordeste

Ortigueira recebe cinema itinerante gratuito a partir de domingo

Sala itinerante do projeto Cine em Cena Brasil ficará montada no Centro Cultural Queimadas de Ortigueira, ao lado do Lago Municipal

A partir de domingo (25), a cidade de Ortigueira-PR recebe o cinema itinerante gratuito do projeto Cine em Cena Brasil. A programação segue até o dia 27 (terça-feira) e inclui filmes nacionais e internacionais para o público de todas as idades.

A sala itinerante ficará montada no Centro Cultural Queimadas de Ortigueira, localizado na Avenida Paraná, s/nº, ao lado do Lago Municipal.

Similar a um cinema convencional, a sala possui 225 lugares, cadeiras com encosto e assentos com almofadas, ar condicionado, tela de 26m², sistema de som 5.1 e projeção digital 2D e 3D. Além disso, algumas sessões contarão com recursos de acessibilidade como tradução simultânea em libras, legenda descritiva e audiodescrição.

Durante os três dias, serão exibidas 12 sessões gratuitas dos filmes: Os Incríveis 2, O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos, Aquaman (12 anos), Viva – A Vida é uma Festa, Hotel Transilvânia 3, Lino, Uma Aventura de Sete Vidas, De Onde Te Vejo e Animais Fantásticos 2.

As sessões são totalmente gratuitas e não é necessária a apresentação de ticket de acesso. “O cinema tem capacidade para 225 lugares, portanto é importante ficar atento ao horário das sessões, pois o acesso é por ordem de chegada” ressalta Edson Souza, um dos sócios da Ibirajá Produções, empresa que coordena o projeto.

A iniciativa é apresentada pelo Ministério da Cidadania e pelo Instituto CCR com patrocínio da CCR RodoNorte, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. Além disso, o projeto também conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes da Prefeitura Municipal de Ortigueira-PR.

O que é o Cine em Cena Brasil?

O projeto Cine em Cena Brasil, realizado pela Ibirijá Produções, é uma sala de cinema itinerante que leva a sétima arte às cidades que não possuem salas comerciais.

Um dos sócios da Ibirajá Produções, Edson Souza, de São Paulo, explica que o projeto surgiu da necessidade de levar a sétima arte à população menos favorecida. Segundo ele, no Brasil, apenas 7% dos municípios possuem salas de cinema. “Muitas vezes, para a comunidade mais carente, a sala itinerante é o primeiro contato com o cinema.

O projeto também trabalha com agendamento de escolas públicas. Para levar grupos de alunos, é preciso procurar com antecedência a Secretaria Municipal de Cultura.

Mais informações sobre o projeto e a programação completa estão disponíveis no link https://www.facebook.com/cineemcenabrasil/

“Cine em Cena Brasil” – Ortigueira-PR

Dia 25 (Domingo)

13h – Os Incríveis 2 (Livre)

15h – O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos (Livre)

17h – Viva – A Vida é uma Festa (Livre) (LA/AD/LB)

17h – Hotel Transilvânia 3 (Livre) (LD)

19h30 – Aquaman (12 anos)

Dia 27 (Terça-feira)

8h – Os Incríveis 2 (Livre)

13h15 – Lino, Uma Aventura de Sete Vidas (Livre) (LD)

17h00 – De Onde Te Vejo (12 anos)

19h30 – Animais Fantásticos 2 (12 anos)

LD: LEGENDA DESCRITIVA

AD: ÁUDIODESCRIÇÃO

LB: LIBRAS

Fonte: Diário dos Campos

Curso capacita professores de escolas indígenas sobre agricultura familiar

Participantes, incluindo gestores, assistiram apresentação sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)

Gestores e professores de escolas indígenas do Amapá participaram de oficinas sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Durante quatro dias, representantes dos povos Galibi-Marworno, Karipuna, Palikur e Galibi-Kalinã estiveram na cidade de Oiapoque para debater sobre como garantir aos estudantes das escolas indígenas da região uma alimentação saudável, de acordo com a realidade local.

Nas oficinas, os participantes assistiram apresentações sobre o funcionamento do Pnae e tiraram dúvidas de questões relacionadas à prestação de contas, licitação, mapeamento da produção agrícola local, elaboração de cardápios específicos e diferenciados, estruturação de chamadas públicas para compra de produtos da agricultura familiar e criação de projetos de venda para os produtores fornecedores.

A analista técnica de políticas sociais do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério da Agricultura, Carolina Marra, explica que “a oficina teve um caráter prático, com o objetivo de capacitar os gestores das escolas indígenas para a elaboração das chamadas públicas e de projetos de venda, visando assim facilitar o processo de compras de alimentos garantido pela lei do Pnae”.  

De acordo com a Lei n° 11.947/2009, do total dos recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no âmbito do Pnae, no mínimo 30% devem ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural. “A compra de produtos da agricultura familiar é facilitada, pois permite dispensa de processo licitatório, desde que lançada a chamada pública” destacou Marra.  

Demanda

A iniciativa partiu de demanda apresentada pela Organização dos Professores Indígenas do Município de Oiapoque (Opimo) na Câmara de Comercialização de Produtos da Sociobiodiversidade e da Agroecologia do Amapá. Segundo Izabel Gobbi, antropóloga da Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania (CGPC) da Funai, ações como essas são necessárias, pois “os povos indígenas têm pedagogias próprias e processos específicos de ensino e aprendizagem, sendo que os hábitos alimentares, as práticas e conhecimentos associados são parte fundamental desses processos”.

A ação foi organizada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) com o apoio do Mapa, Cooperação Técnica Alemã (GIZ ), da Secretaria Estadual de Educação (Seed), da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Amapá, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), do Conselho de Alimentação Escolar do Estado (CAE/AP), do Conselho de Alimentação Escolar do Município, da Secretaria Municipal de Educação, da Secretaria Municipal de Agricultura, do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (lepé) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amapá (Sebrae Amapá).

Fonte: Agrolink

O projeto é em comemoração aos 100 anos do Cine Rhodia

Caminhão que se transforma em cinema exibe filmes em Santo André

O evento é gratuito e está marado para acontecer do dia 05 a 09 de agosto. O projeto faz parte das comemorações dos 100 anos da Rhodia no Brasil

Uma das formas encontradas pela Rhodia, empresa do Grupo Solvay, para comemorar 100 anos de atividades no Brasil é a de levar diversão às comunidades onde a empresa mantém operações industriais. 

Por isso, durante o mês de agosto, São Paulo vai contar com muita diversão gratuita com o Cine Rhodia. O projeto apresentará mais cultura e entretenimento para as cidades de Santo André, Taboão da Serra, Itatiba e Paulínia, através de um cinema itinerante que exibirá, de forma gratuita e inclusiva, filmes para alunos de escolas públicas e população em geral.

O projeto Cine Rhodia, aprovado pela Secretaria Especial da Cultura, é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura (antiga Lei Rouanet) e conta com o patrocínio, via incentivo fiscal, da empresa Rhodia e produção da Cepar Cultural.

Santo André será a primeira cidade a receber o Cine Rhodia, no período de 05 a 09 de agosto. Depois, o projeto seguirá para Taboão da Serra e Itatiba, e será finalizado em Paulínia com a última sessão prevista para o dia 30 de agosto. O projeto ocorrerá em locais públicos de fácil acesso nas cidades.

O cinema móvel foi montado em um caminhão no estilo ‘transformers’. Com uma infra-estrutura completa, ao chegar no local de destino, as laterais do caminhão se expandem, transformando-o em uma verdadeira sala de cinema, com telão, climatização, poltronas para acomodar até 91 pessoas por sessão, além de pipoqueira, dispenser para sucos e refrigerantes, e banheiros. Além disso, as mídias são adaptadas para que portadores de deficiência visual ou auditiva também possam participar da programação.

O cinema ficará alocado por cinco dias em cada cidade e exibirá cinco sessões diárias de forma totalmente gratuita. As sessões agendadas para as turmas de alunos das escolas públicas ocorrerão durante o dia, de acordo com a demanda escolar de cada cidade. Durante todos os dias de apresentação uma sessão especial será aberta para o público em geral, às 18h30, com exceção de Santo André, onde essa sessão aberta terá início sempre às 19h00. Como as vagas são limitadas, os interessados devem comparecer ao local no dia do evento para retirar os ingressos.

Os filmes foram especialmente escolhidos e prometem diversão e entretenimento para a garotada da região. Para as sessões reservadas aos alunos serão exibidos os filmes: Moana, Operação Big Hero, Minions, A origem dos Guardiões, Up – Altas Aventuras, Viva – a vida é uma festa, Divertidamente, WiFi Ralph: Quebrando a Internet, Croods e Pets- A vida secreta dos bichos. A Secretaria de Educação de cada cidade irá definir o filme de cada sessão, dentre as opções da programação.

Já na sessão aberta à população, os filmes exibidos serão: Pantera Negra, Jurassic World, Mogli: O Menino Lobo, Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível e Quatro Vidas de um Cachorro.

SERVIÇO

CINE RHODIA EM SANTO ANDRÉ
Data: 05/08 a 09/08
Local: Sabina Parque Escola (no estacionamento)
Endereço: Rua Juquiá, s/n – Vila Eldizia

CINE RHODIA EM TABOÃO DA SERRA
Data: 12/08 a 16/08
Local: Praça Luiz Gonzaga
Endereço: Rua Firmino Vieira Gonçalves – Vila Carmelina Goncalves

CINE RHODIA EM ITATIBA
Data: 19/08 a 23/08
Local: Praça do Rosário, Centro

CINE RHODIA EM PAULÍNIA
Data: 26/08 a 30/08
Local: Praça principal do Bairro São José

Fonte: Abc do Abc

Projeto Cadeira Cativa vai distribuir ingressos para atividades culturais a pessoas de baixa renda

O projeto Cadeira Cativa vai distribuir gratuitamente cerca de 2 mil ingressos de atividades culturais por mês para pessoas de baixa renda, projetos sociais e instituições como ONGs, universidades e escolas públicas. A iniciativa, da Secretaria municipal de Cultura, tem o objetivo de democratizar o acesso às artes e formar futuros consumidores da cultura.

As entidades que quiserem ser beneficiadas pelo projeto devem fazer uma inscrição on-line, informando dados como a faixa etária do público atendido e a área de atuação. Após a coleta das informações, as organizações serão direcionadas aos espetáculos de acordo com o perfil. As inscrições devem ser feitas no site www.rio.rj.gov.br/web/smc.

“A prefeitura está cumprindo um papel muito importante com esse programa: o de proporcionar o acesso à cultura para quem tem menos condições. Ao mesmo tempo em que estamos promovendo a cidadania e a inclusão social, estamos formando espectadores que, no futuro, continuarão frequentando teatros, museus e centros culturais”, afirma a secretária municipal de Cultura, Mariana Ribas.

Após o cadastro ser validado, a instituição passa a receber a programação dos eventos disponíveis por e-mail e tem até dois dias para manifestar interesse. O responsável deve enviar a lista com os nomes das pessoas contempladas com os ingressos, que serão colocados à disposição na bilheteria. Serão oferecidos ingressos para espaços como Museu do Amanhã, Planetário da Gávea, Cidade das Artes e Parque das Ruínas, além de ações patrocinadas pela Secretaria municipal de Cultura.

Em fase experimental desde abril, o programa distribuiu mais de quatro mil ingressos para instituições como Ballet Manguinhos, Ligação Cultural, Projeto Arte e Dança Raízes da Vila e Instituto Mangueira do Futuro.

Fonte: extra.globo.com

Lei de Incentivo à Cultura: qual deveria ser a sua função e quais oportunidades ela poderia gerar para o Brasil?

A lei Rouanet (Lei de Incentivo à Cultura) amplia a liberdade do contribuinte a partir do momento em que ele pode escolher em qual projeto cultural será alocado o seu imposto. Mesmo assim é importante que sempre haja o questionamento: será que de fato o projeto beneficiado pela lei está contribuindo para a evolução cultural do país?

De acordo com uma visão antropológica, a cultura representa um conjunto de padrões, comportamentos, crenças, conhecimentos, costumes e outros fatores que distinguem um grupo social. Em um mundo globalizado, onde cada vez mais as individualidades de um povo se perdem, a cultura representa a identidade e riqueza de uma nação e pode gerar impactos econômicos positivos para um país.

No Brasil a cultura tem um orçamento, para 2019, de 2,7 bilhões de reais, 0,18% das despesas totais da união (excluindo transferências para estados e municípios). Do total desse orçamento, apenas parte é composta pela Lei de Incentivo à Cultura.

Estado da Arte 25 de julho de 2019 | 11h00 

por Nathalia Helou Frontini
Uma parceria com o Instituto de Formação de Líderes – São Paulo.

 

De acordo com uma visão antropológica, a cultura representa um conjunto de padrões, comportamentos, crenças, conhecimentos, costumes e outros fatores que distinguem um grupo social. Em um mundo globalizado, onde cada vez mais as individualidades de um povo se perdem, a cultura representa a identidade e riqueza de uma nação e pode gerar impactos econômicos positivos para um país.

No Brasil a cultura tem um orçamento, para 2019, de 2,7 bilhões de reais, 0,18% das despesas totais da união (excluindo transferências para estados e municípios). Do total desse orçamento, apenas parte é composta pela Lei de Incentivo à Cultura.

Em 2013, Claudia Leitte conseguiu aprovação para captar quase R$6 milhões para a realização de shows nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A Alemanha, um dos países que mais investe em cultura, teve, em 2015, um orçamento que representava 1,7% do total dos gastos públicos. Neste mesmo ano, aportou o equivalente a 10,4 bilhões de euros em fundos públicos relacionados à cultura. Já nos Estados Unidos, que também contam com incentivos à cultura, conforme consta em dados da Agência Nacional de Doação para Artes, em 2013, as doações tributárias para entidades culturais somaram US$ 13 bilhões (aproximadamente R$ 52 bilhões em valores atuais).  

Com o intuito de aumentar os investimentos com cultura, a Lei Rouanet foi criada em 1991, no governo Collor, pelo então Ministro da Cultura, Sérgio Paulo Rouanet. Agora, no Governo Bolsonaro, a Lei Rouanet é denominada Lei de Incentivo à Cultura. A lei é uma política de incentivo fiscal na qual empresas e pessoas físicas podem destinar parte de seu imposto de renda devido, para projetos e ações culturais. O governo transfere parte da responsabilidade da decisão do que será investido em cultura no país para aqueles que podem fazer a renúncia fiscal.

São três frentes que podem se beneficiar da Lei Rouanet:

  1. O proponente, responsável por desenvolver um projeto;
  2. O patrocinador, responsável por aportar os recursos;
  3. A população, que poderá usufruir do projeto quando colocado em prática.

Para solicitar apoio através da Lei Rouanet , os proponentes devem encaminhar uma proposta para o Ministério da Cidadania. Após algumas etapas, se aprovada, ela se transforma em projeto e recebe autorização para captar os recursos com empresas ou cidadãos. Geralmente o prazo é de até 12 meses para realizar essa captação. Caso o projeto tenha um patrocinador, ele deverá doar os recursos à uma conta vinculada ao proponente, que ficará responsável por gerir os recursos e executar o projeto, registrando todos os custos e despesas que deverão ser futuramente comprovados. Somente no ano vigente que o patrocinador irá renunciar os impostos devidos, alegando que foram destinados à algum projeto da Lei Rouanet.

Para financiar projetos utilizando o mecanismo da lei, empresas precisam ser tributadas pelo lucro real e podem direcionar até 4% do imposto devido; já as pessoas físicas conseguem direcionar até 6%, desde que tenham imposto de renda a declarar. Por exemplo, empresas que devem R$100 mil de imposto de renda, podem apoiar projetos culturais com um valor de até R$4 mil; pessoas físicas que devem R$10 mil de imposto de renda podem destinar R$ 600 à cultura. 

Há duas formas de financiar um projeto: por meio de doação ou por meio de patrocínio. 
A doação não tem retorno de imagem; já o patrocínio tem, uma vez que o doador pode utilizar sua marca no projeto selecionado, conforme Artigo 23, da Lei 8.313/91.

Este incentivo abre diversas oportunidades para reforçar a cultura no Brasil, financiando museus, centros culturais, eventos e projetos de toda espécie. Mesmo assim, existem muitas críticas de que os investimentos provenientes da Lei de Incentivo à Cultura, derivados da renúncia fiscal, são exorbitantes e deveriam ser destinados à saúde e educação mas, se compararmos com outras renúncias fiscais, conforme nos aponta a reportagem do site G1, do grupo Globo, publicado no dia 03 de Setembro de 2017, enquanto a cultura representa somente 0,66% da renúncia fiscal da União, outros setores da economia têm muito mais incentivos. São eles: Comércio e Serviços: 28,5%; Indústria: 11,89%; Saúde: 11,60%; Agricultura: 10,32%; Educação: 4,85%; Habitação: 4,45%. Dos 0,66% de renúncia fiscal da União somente 0,48% é destinado à Lei Rouanet.

Em dezembro de 2018 a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou um estudo sobre os impactos positivos da Lei Rouanet na economia. O estudo foi encomendado pelo então Extinto Ministério da Cultura e foi apresentado pelo economista Luiz Gustavo Barbosa, no Fórum Cultura e Economia Criativa. O estudo identificou que, nos 27 anos de existência da Lei, a cada R$1 investido por patrocinadores nos 58.368 projetos culturais, pelo menos R$1,59 retornou para a sociedade.

Mas, será que na prática, todos os projetos estão alinhados com o que a própria Lei se propõe? Será que todos aqueles que atuam com o poder de decisão estão pensando de fato nos benefícios que a cultura do país irá colher?

Uma rápida pesquisa nos jornais e revistas nos mostra casos de sucesso, em que projetos desenvolvem o entorno e a comunidade em que são realizados, e também casos nos quais empresas e pessoas tentam tirar proveito da Lei em benefício próprio.

Um exemplo bem-sucedido é o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga no Ceará, que em 1999 foi criado como uma alternativa às festas de carnaval da cidade. A agência que idealizou o projeto, ao se juntar com líderes comunitários, poder público e comerciantes, identificou uma carência cultural na região. 

O projeto trouxe grandes transformações à comunidade, uma vez que a agência conseguiu difundir a ideia para as pessoas da região. Com isso, a fim de receber um novo festival, a cidade mobilizou diversas frentes de trabalho como, por exemplo, a implantação de estradas, construção de hotéis e evolução nos serviços. Ainda que a primeira edição tenha sido pequena, hoje o festival é um dos mais reconhecidos do país.

Por outro lado, temos exemplos como o de Claudia Leitte, que em 2013 conseguiu aprovação para captar quase R$6 milhões para a realização de shows nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O projeto foi tão criticado, que a cantora só conseguiu captar R$1,2 milhão de reais. Um dos propósitos da Lei é incentivar a realização de eventos e manifestações artísticas e culturais, mas será que a Claudia Leitte, com toda fama e sucesso comercial que tem, realmente precisava utilizar a lei para realizar o evento? Sem dúvidas ela conseguiria patrocínios privados pela própria visibilidade que ela já possui.

Um outro exemplo de mal uso da lei de incentivo à cultura é o caso já denunciado pelo Ministério Público Federal em São Paulo contra 29 pessoas de participar de um esquema de desvios na ordem de R$ 21 milhões do Ministério da Cultura. Os denunciados, ligados a um mesmo grupo empresarial, obtinham recursos do MinC via Lei Rouanet e usavam o dinheiro para bancar eventos privados como shows, confraternizações e até mesmo o casamento de um dos sócios do grupo. 

Se o projeto tiver um caráter cultural, social e transformador terá a oportunidade de levantar recursos, gerar empregos e transformar o entorno; a empresa patrocinadora ganhará visibilidade, com ferramentas de marketing, através recursos que ela mesmo gerou.

No fundo a lei amplia a liberdade do contribuinte a partir do momento em que ele pode escolher onde será alocado o seu imposto. O ideal é pensar que tanto o proponente, que cria o projeto; o Ministério da Cidadania, que o aprova e os Patrocinadores, que aportam o dinheiro, estejam partindo de um senso ético e moral para o desenvolvimento destes projetos, que terão a oportunidade de se tornarem relevantes e transformadores para o país. Neste sentido, é importante que sempre haja o questionamento: será que de fato o meu projeto está contribuindo para a cultura do país?

Nathalia Helou Frontini é designer formada pelo Centro Universitário Senac, possui certificado em Business Administration pelo Insper e é empreendedora na Allidem.